LEIA O
TEXTO:
PEIXE
ELÉTRICO
Peixe-elétrico é
o nome dado às espécies de peixe, quer de água doce, quer de água salgada, de
espécies diversas que, dotados de células especiais, são capazes de produzir
descargas de alta voltagem.
O poraquê é o nome popular do electrophorus
electricus, espécie que vive nos rios do Brasil (na Amazônia),
da Colômbia, da Venezuela e do Peru.
Pode atingir 2 metros de
comprimento e pesar até 20 quilos. Possui hábitos noturnos, respira o ar
atmosférico, alimenta-se de outros peixes e pertence ao grupo dos
gymnotiformes, cujas espécies possuem cargas elétricas de intensidade variada
□ Você
sabia que os choques produzidos pelo peixe elétrico são tão fortes que podem
atordoar as presas, matar um cavalo e dariam para ligar um aparelho de tv?
Fonte: Texto elaborado a partir do artigo publicado
pela Universidade Federal de Pernambuco na coluna “De Olho na Ciência”, do
Caderno Cidades que integra o Jornal do Comércio e do Guia dos Curiosos de
autoria de Marcelo Duarte. Editora Panda Books. São Paulo, 2005.
QUESTÕES
1. O texto que você acabou de ler serve para:
a. ( ) Contar a história da vida do peixe
elétrico.
b. ( ) Noticiar um fato sobre o peixe
elétrico.
c. ( ) Contar um causo sobre o peixe
elétrico.
d. ( ) Informar sobre características do
peixe elétrico.
2. Leia a afirmação abaixo:
“Peixe
Elétrico” é o nome dado às diversas espécies de peixe que, dotados de
um dispositivo eletrônico inserido no peixe por meio de uma cirurgia, são
capazes de produzir descargas de alta voltagem”.
Agora responda: Esta afirmação é
falsa ou verdadeira? Por quê?
3. Releia o trecho abaixo:
“Peixe-elétrico é o nome
dado às espécies de peixe, quer de água doce, quer de água salgada, de espécies
diversas que, dotados de células especiais, são capazes de produzir descargas
de alta voltagem”.
E responda:
a. ( ) “Peixe elétrico” é o nome dado à
uma espécie de peixe que vive na água doce.
b. ( ) “Peixe elétrico” é o nome dado à uma
espécie de peixe que vive na água salgada.
c. ( ) “Peixe elétrico” é o nome dado à
diversas espécies de peixes que vivem tanto na água doce, quanto na água salgada”.
d. ( ) “Peixe elétrico” é o nome dado à
uma espécie de peixe que vive tanto na água doce, quanto na água salgada.
4. Preencha o quadro abaixo de acordo com as
informações contidas no texto:
Poraquê |
|||
Habitat |
Comprimento |
Peso |
Alimentação |
|
UM APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para
fingir que vale alguma coisa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável?
Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não
tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se
com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é
que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os
cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro,
dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por
você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante;
vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que
prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se
disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de
si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra
iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os
dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor
poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara
que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os
dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era
logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está
para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se
também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais
que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no
quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio à noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a
ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto
necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou
outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha,
para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa,
fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas,
enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio
das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e
não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que
vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que
não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse,
abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha !
Compreensão do texto
1- O que acabamos de ler é um apólogo que é uma
narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de
personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto
inanimadas como animadas. Quais são os personagens desta história?
2- O que ocasionou a discussão entre as personagens?
3- No trabalho de coser, quem era mais importante?
4- O que estava sendo costurado? Para quem?
5- Qual foi o conselho do alfinete para a agulha? O que
ele quis dizer com isto?
6- Separe o sujeito do predicado.
a) O vestido da baronesa ficou muito bonito.
b) A linha foi ao baile feliz.
c) O buraco foi aberto pela agulha.
d) A agulha ficou na caixinha de costura.
7- Leia as frases e classifique os verbos em negrito
a) Se eu soubesse costurar...
b) Quando ela chegar explicarei tudo
c) Ela costurará para a baronesa.
d) A linha não respondia nada
O Toco de
Lápis
Lá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos.
Um era novo, bonito, com ponta muito bem feita. Mas o outro – coitadinho! – era
triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só restava um toco, de tanto ser
apontado.
O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e
chamou:
– Ô, baixinho! Você, aí embaixo! Está me ouvindo?
– Não precisa gritar – respondeu o toco de lápis. – Eu não sou surdo!
– Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas
orelhas, de tanto apontar sua cabeça!
O toquinho de lápis suspirou:
– É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o
apontador...
O lápis novo continuou com a gozação:
– Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu
lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!
– Estou vendo, estou vendo... Mas, me diga uma coisa: Você sabe o que é uma
poesia?
– Poesia? Que negócio é esse?
– Sabe o que é uma carta de amor?
– Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis?
– Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se
assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto
escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição,
composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto,
ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis.
E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu?
O grandão, que era um lindo lápis preto, ficou vermelho de vergonha...
Pedro Bandeira
Estudando o texto
1) Leia a frase abaixo:
“Sua ponta era rombuda, dela só restava um
toco”
Esta frase quer dizer que o lápis era:
a) ( ) fino b) ( ) pequeno c) ( )
grande
2) Os dois lápis estavam:
a) ( ) no estojo b) ( ) na gaveta c) ( ) na mochila
3) De acordo com o texto, o grandão novinho em folha,
se refere ao:
a) ( ) lápis sem ponta b) ( )lápis pequeno c) ( ) lápis novo
4) Leia o trecho:
“Até perdi a conta de quantas vezes eu tive de
enfrentar o apontador.”
A expressão em destaque quer dizer que:
a) ( ) brigar com o apontador
b) ( ) quebrar o apontador
c) ( ) ser apontado
várias vezes
5) Leia a frase:
“O lápis
novo continuou a gozação.”
A palavra em destaque pode ser substituída por:
a) ( ) elogio
b) ( ) zombaria c) ( )diálogo
6) Leia o trecho onde o lápis grande fala a seguinte
frase:
“ _ Como
você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado.
Veja como eu sou lindo, novinho em folha!”
O lápis novo, revela uma atitude:
a) ( ) simpática b) ( ) delicada b) ( )arrogante
7) Leia o trecho:
“ Se
assim fiquei, foi porque muito vivi.”
O personagem do texto retratado nesta frase é:
a) ( ) O lápis novo e bonito. b) ( ) O lápis de pouco uso.
c) ( ) O lápis velho e gasto de tanto escrever.
8) Leia o trecho: “Você ficou louco toquinho de
lápis?”
No texto, a frase acima indica:
a) ( ) perder a consciência. b) (
) ficar nervoso. c) ( ) ficar contente.
9) O toquinho de lápis, revelou uma condição de:
a) ( ) tristeza b) ( ) insatisfação c) ( ) alegria e
experiência
10) Por que o lápis grandão, novinho em folha
ficou com vergonha?
a) ( ) Porque foi desmascarado
b) ( ) Porque era grandão demais
c) ( ) Porque percebeu que nada aprendeu.
11) O texto que você acabou de ler nos passa uma
mensagem muito bonita. Qual das alternativas abaixo define essa mensagem?
a) ( ) O texto mostra que devemos ter respeito pelos
mais velhos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande
sabedoria.
b) ( ) O texto mostra que os jovens são donos do
conhecimento, por isso os mais velhos devem seguir o exemplos deles.
c) ( ) O texto mostra que devemos ter respeito pelos
mais novos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande
sabedoria.
12) Qual é o melhor sentido de “lápis novinho em
folha”: lápis que já foi apontado diversas vezes ou lápis que nunca foi
utilizado?
a) ( ) Lápis com a ponta fina.
b) ( ) Lápis que nunca foi utilizado.
c) ( ) Lápis que já foi utilizado.
13) Releia o trecho do texto:
“_ Não é
surdo? Ah, Ah, Ah!”? Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas,
de tanto apontar sua cabeça!”
O que representa a expressão? Ah, Ah, Ah!”?
a) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No
caso, representa a gozação do lápis velho.
b) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No
caso, representa a satisfação do lápis velho.
c) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No
caso, representa a gozação do lápis novo.
14) Observe novamente o trecho a seguir.
“_ Fiquei
tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também.”
As palavras destacadas nesse trecho são:
a) ( ) Substantivos, pois nomeiam coisas.
b) ( ) Adjetivos, pois expressam características de um
ser.
c) ( ) Artigos, pois acompanham os substantivos.
Respostas pessoais
15) Você concorda com a forma do lápis novo tratar o
mais velho? Por quê?
16) O lápis mais novo imagina que o mais velho está
morrendo de inveja dele. Será que ele tem razão? Por quê?
17) No início do diálogo, o lápis novo demonstra toda a
sua arrogância, mas, ao ouvir o mais velho, percebeu que não sabe nada ainda e
sente vergonha de ter tratado o outro com desprezo. Você já viu um caso
parecido com este? Justifique.
18) É verdade que o lápis mais velho, sente tristeza ao
ver que o lápis jovem não tem sabedoria nem respeito pelos mais velhos?
Justifique.
19) Em sua casa, há pessoas idosas? Quantas?
20) Qual o seu relacionamento com as pessoas mais
velhas?
Gabarito:1b 2b 3c 4c 5b 6c 7c 8a 9c 10c 11a 12b 13c
14b
MEU IDEAL
SERIA ESCREVER...
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que
está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse
tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais
engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas
ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito
e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história
fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida
de moça reclusa (que não sai de casa), enlutada (profundamente
triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e
depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante
aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse
casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a
rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua
má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e
ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um,
ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem
os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha
história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e
tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário
((autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce
autoridade administrativa, judicial, fiscal ou policial), depois de ler minha
história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres
colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu
não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus
empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea
homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil
maneiras, e fosse atribuída a um persa (habitante da antiga Pérsia,
atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin
(capital da Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas
ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que
no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito
velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda
a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não
pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela
que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já
estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou
(introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa
história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na
rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal
começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a
minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que
está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela
pequena casa cinzenta de meu bairro.
Rubem Braga
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
1)
Qual é o título do texto?
2)
Quem é o autor?
3)
Qual motivo levou o autor a querer
escrever uma história engraçada?
4)
Qual é a cor da casa da moça. Explique
o motivo desta cor.
5)
Por que as características do raio de
sol se opõem as da moça? Cite algumas características opostas.
6)
Em sua opinião o que significa a oração
“que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria”?
7)
Qual foi a história inventada por Rubem
Braga para alegrar e comover as pessoas?
8)
Quais os tipos de histórias mais
sensibilizam as pessoas, engraçadas ou dramáticas? Justifique.
9)
Quantos parágrafos tem o texto?
10) Qual é o tema do
texto?
Ø Leia o texto e responda as questões.
Por que algumas aves voam em bando formando um V?
Elas
parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao
vivo, já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em
"V". Segundo os especialistas, esta característica de voo é observada
com mais frequência nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
Há
duas explicações para a escolha dessa formação de voo pelas aves. A primeira
consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e,
principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e,
portanto, é vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de
sua asa. Ou seja: ao voarem desta forma, as aves poupariam energia, se
esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do deslocamento de ar
causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do
líder nesse tipo de bando.
Essa
é a primeira explicação para o voo em "V". E a segunda? O que diz?
Ela sustenta que esse tipo de voo proporcionaria aos integrantes do bando um
melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do
"V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias.
Isso facilitaria todos os aspectos do voo. Os aviões militares de caça, por
exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente para ter um melhor campo
de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações
não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas o que
torna o voo em "V" favorável para algumas aves.
(NACINOVIC, Jorge Bruno, Por que
algumas aves... Ciência Hoje das
Crianças,
Rio de Janeiro, n. 150, set.
2004.)
1
- Bandos de aves e aviões militares
de caça têm em comum:
A) o
objetivo de economizar energia.
B) a
necessidade de ter um bom campo de visão.
C) a
preferência por voos longos.
D) a
substituição permanente do líder.
E) o
objetivo de não ficarem isolados.
2
- Segundo o texto, as aves poupam
energia voando em “V” porque:
A) são
beneficiadas pelo deslocamento do ar causado pelas aves da frente.
B) podem
se ajudar mutuamente durante longos percursos.
C) podem
obter melhor controle visual do deslocamento.
D) têm o
instinto de sempre seguir o líder do bando em seu itinerário.
E) se
acostumaram a voar assim.
3
- Pode-se afirmar que o texto:
A) conta
uma história curiosa e divertida sobre pássaros.
B)
defende uma ideia sobre uma questão científica.
C)
explica os movimentos das aves com base em informações científicas.
D)
noticia uma descoberta científica ultrapassada sobre o voo das aves.
E) mostra
uma hipótese de que voar em V pode ser melhor para os aviões.
4
- O texto tem como tema um aspecto
particular da vida de algumas aves:
A) a
economia de energia.
B) o modo
de voar.
C) a
semelhança entre elas e os aviões.
D) o
formato das asas.
E) voam
assim por serem parecidas.
5
- “Isso explicaria, até, a
constante substituição do líder nesse tipo de bando.”
Com base
no texto, conclui-se que o líder é substituído constantemente porque essa
posição...
A) é
cobiçada por todas as aves do bando.
B) é a
mais importante do grupo.
C) é só
para lideres.
D)
proporciona melhor controle visual.
E)
consome muito mais energia.
6
- Indique a forma verbal que não alteraria
o aspecto de durabilidade no passado e o sentido expresso pela locução
grifada neste enunciado do texto:
"Tão
comodamente que eu estava lendo...”.
A) lera B) lia C) leio D) leria E) li
7
- Assinale
a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais destacadas:
“Ao chegar na
fazenda, esperava que já tivesse terminado a
festa”.
A)
futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo
B)
infinitivo, presente do subjuntivo
C)
futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo
D)
infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo
E)
infinitivo, pretérito perfeito do subjuntivo
8
- Assinale
a alternativa correta:
I) O Modo
subjuntivo expressa uma ideia de incerteza, um fato duvidoso.
II) O
modo indicativo descreve o mundo fictício, exprimindo atitudes incertas.
III) Em
nossa língua há três conjugações. Verbos terminados em ar, er, e ir.
IV) O
pretérito mais-que-perfeito indica apenas uma ação passada.
V) O
verbo, como todas as classes de palavras, apresenta flexão de tempo.
Estão
corretas:
A) IV e I
B) I e
III
C) III e
V
D) II e
IV
GABARITO
1 – B / 2 – A / 3 – C / 4 –
B / 5 – E / 6 – B /
7 – D / 8 – B
VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de
verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta
de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e
não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da
metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas
mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas
asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a
mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu
imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece
todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar
um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez
desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos
chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los,
amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava
também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e
pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho
voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele
uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça
isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da
mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber
que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o,
dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias,
telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras
crônicas. Para gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89
1
- Ao encontrar um inseto quase
morto em sua mesa, o homem
a)
colocou-o dentro de um pote de água.
b)
escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou
água sobre sua cabeça.
d)
procurou por outros insetos no escritório.
e) não
lhe deu muita importância.
2
- O homem interessou-se pelo inseto
porque
a)
decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b)
estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c)
percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d)
resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.
e) era um
inseto perigoso e contagioso.
3
- A mudança na rotina do homem
deu-se
a) à
chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao
intenso calor daquela tarde de verão.
c) à
monotonia do trabalho no escritório.
d) à
transferência de local onde estava o inseto.
e) devido
ao cansaço do dia.
4
- Em “Não faça isso com o coitado!”,
a palavra sublinhada sugere sentimento de
a)
maldade
b)
crueldade
c)
desprezo
d)
esperança
e)
afeição
5
- A presença do inseto na redação
do jornal provocou no homem
a)
curiosidade científica.
b) sensação
de medo.
c) medo
de pegar uma doença.
d)
lembranças da infância.
e)
preocupação com o próximo.
6
- Com base na leitura do texto
pode-se concluir que a questão central é
a) a
presença inesperada de um inseto do mato na cidade.
b) a
saudade dos amigos de infância
c) a vida
pacifica da grande cidade.
d) a
preocupação com a proteção aos animais.
e) o
cuidado que se deve ter com todos os insetos.
7
– Não se
deu destaque a uma oração coordenada na opção:
A)
Censura teus amigos em particular e elogia-os em público
B) O
tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
C) Prega
bem quem vive bem.
D) Me
empenhei muito, pois queria vencer na competição.
E)
Comprei vários quadros e artesanatos também.
8
- Assinale
a alternativa em que a associação está correta:
I. Deus
fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem.
II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do
Amor.
III. Conheci um grande amigo!
A - Período composto por coordenação.
B - Período simples.
A) I-A;
II-B; III-A
B) I-B;
II-A; III-B
C) I-A;
II-A; III-B
D) I-B;
II-B; III-A
E) I-A;
II-A; III-A
9
- Assinale
a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma
correta relação de sentido:
1. Correu
demais, _______ caiu.
2. Dormiu
mal, _______ os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, _______ a alma é imortal.
4. Leu o livro, _______ é capaz de descrever as personagens com detalhes.
5. Guarde seus pertences, _______ podem servir mais
tarde.
A)
porque, todavia, portanto, logo, entretanto
B) por isso, porque, mas, portanto, que
C) logo, porém, pois, porque, mas
D) por
isso, porque, e, porém, mas
E) pois,
porém, pois, porém, contudo
10
- Analise
sintaticamente a oração em destaque:
“Bem-aventurados
os que ficam, porque eles serão recompensados.”(Machado de Assis)
A)
oração coordenada assindética
B)
oração coordenada sindética adversativa
C)
oração coordenada sindética aditiva
D)
oração coordenada sindética conclusiva
E)
oração coordenada sindética explicativa
GABARITO
1 – C / 2 – B / 3 – A
/ 4 – E / 5 – D / 6 – A / 7 – C
/ 8 – C / 9 – B / 10 – E
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