ATIVIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Leia a tira de Ziraldo:
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de l932 em Caratinga, Minas Gerais. Começou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão, como Jornal do Brasil, O Cruzeiro, etc. Além de pintor é cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e escritor. Em l969 publicou seu primeiro livro infantil Flictse em 1980 publicou um dos livros infantis mais vendidos no Brasil
O Menino Maluquinho que apresenta as histórias e invenções de uma criança alegre e sapeca, “maluquinha”
A respeito da tira, responda:
1- Quem são as personagens da história narrada na tira.
2-Em que cenário (lugar) a. história acontece.
3-Qual é o assunto da história.
4- E você é também um(a) menino(a) maluquinho(a)? Justifique.
5- Por que seu tio não podia usar o o nome sugerido no 2º quadrinho?
6 - O que significa a palavra dedetização?
ATIVIDADE 2
O Leão e o Javali
Num dia muito quente, um leão e um javali chegaram juntos a um poço. Estavam com muita sede e começaram a discutir para ver quem beberia primeiro. Nenhum cedia a vez ao outro. Já iam atracar-se para brigar, quando o leão olhou para cima e viu vários urubus voando.
- Olhe lá! – disse o leão. – Aqueles urubus estão com fome e espera para ver qual de nós dois será derrotado...
- Então é melhor fazermos as pazes – respondeu o javali. – Prefiro ser seu amigo a ser comida de urubus.
Moral: Diante de um perigo maior, é melhor esquecermos as pequenas rivalidades.
(Esopo. Fábulas de Esopo.)
Responda:
1) O que aconteceu ao leão e ao javali num dia muito quente?
2) Por que os dois começaram a discutir?
3) O que o leão viu ao olhar para cima?
4) O que o leão achou que os urubus iam fazer?
5) O que eles resolveram fazer?
6) Qual a moral da história?
7) Você já passou por uma situação semelhante?
A fábula que você leu é de Esopo, um escravo grego que viveu há muitos e muitos anos.
Fábula é uma narração fantástica, cujas personagens geralmente são animais.
Nas fábulas os animais pensam, falam e agem como seres humanos. Toda fábula encerra com uma lição de moral.
Encaminhamentos para a aula:
1º O professor lê o texto para os alunos;
2º Após a leitura o professor propõe que alguns leiam também em voz alta;
3º Na seqüência discute-se o que foi compreendido a partir da leitura
4º Os alunos respondem as questões.
Referência Bibliográfica
NEVES, Débora Pádua Mello. Caligrafia e ortografia. Coleção Eu Gosto. 1ºEd. São
Paulo: IBEP, 2006. p.72-73
ATIVIDADE 3
Fábula: O Leão e o Ratinho
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu debaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que ele fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguindo se soltar, fazia a floresta inteira tremer com seus uivos de raiva.
Então apareceu o ratinho, que, com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Moral da história: Uma boa ação ganha outra.
Leitura interativa
Explicar aos alunos o que é uma fábula, descrevendo suas características
Procurar o verbete fábula no dicionário e ler a definição para os alunos.
Em seguida, ler para eles, de forma interativa, o texto da fábula acima: O leão
e o ratinho.
exto coletivo
Reescrever com os alunos um texto coletivo da fábula: os alunos ditam e a
professora reescreve a história na lousa. Durante a reescrita da fábula, a
professora deverá aproveitar a oportunidade para trabalhar as seguintes questões
relacionadas com as regras gramaticais:
• A função do parágrafo.
• A utilização da letra maiúscula no início das frases.
• A utilização do ponto final e da vírgula.
• A escrita de palavras como: debaixo, espichado, deixou... e a utilização do “x”e do “ch” em diversas palavras da nossa língua.
Pedir aos alunos que copiem e ilustrem com muito capricho o texto da lousa.
Pesquisa / Lista de palavras
Pedir que pesquisem seis palavras escritas com “ch” e seis palavras com a letra “x” – que
tenham o mesmo som. Exemplo: xarope, xale, peixe // chapéu, chinelo, chaminé.
Recomendação de leitura
Livro: O Leão e o Rato -- uma fábula grega, da Companhia Editora Nacional.
Pedir aos alunos que leiam o livro acima recomendado, ou ler com eles o texto da página
anterior em sala Fábula
ATIVIDADE 4
Podemos trabalhar a leitura levando os alunos à biblioteca para com o trabalho
com poemas. Todos leem o poema
“O que eu vou ser quando crescer?”.
O que vou ser guando crescer?
Porque me perguntam tanto,
o que vou ser quando crescer?
O que eles pensam de mim
é o que eu queria saber!
Gente grande é engraçada!
O que eles querem dizer?
Pensam que eu não sou nada?
Só vou ser quando crescer?
Que não me venham com essa,
pra não perder o latim.
Eu sou um monte de coisas
e tenho orgulho de mim!
Essa pergunta de adulto
é a mais chata que há!
Por que só quando crescer?
Não vou esperar até lá!
Eu vou ser quem eu já sou
neste momento presente!
Vou continuar sendo eu!
Vou continuar sendo gente!
Logo após a leitura os alunos explicarão oralmente o que entenderam de cada estrofe e do poema todo. Cada aluno falará sobre o que deseja ser quando crescer, enfim seus desejos expectativas sobre o futuro. Após as apresentações orais produzirão textos poéticos (quadrinhas) e de opinião sobre o tema em questão. As quadrinhas produzidas após correção serão ilustradas e fixadas no mural da sala para exposição.
ATIVIDADE 5
Para responder as questões leia com atenção os textos a seguir:
Texto 1: A RAPOSA E AS UVAS
Imediatamente começou a dar pulos para ver se pegava as uvas. Mas a latada era muito alta e por mais que pulasse, a raposa não as alcançava.
__ Estão verdes – disse, com ar de desprezo.
E já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas
uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas.
Moral: Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, fingem que não o desejam.
(12 fábulas de Esopo. Trad. Por Fernanda Lopes de Almeida. SP: Ática, 1994)
Texto 2: A RAPOSA E AS UVAS
Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, rigosamente, pois o terreno era irregular, e havia o risco de despencar, esticou a pata e... conseguiu! Com avidez, colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
Moral: a frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. RJ: Nórdica, 1991. P. 118)
No texto 01:
A raposa, com fome, vê lindos cachos de uva. Mesmo assim ela diz que estavam
verdes. Por quê?
a. Ela não olhou direito e realmente achou que estivessem verdes.
b. Ela mentiu para que ninguém as quisesse.
c. Ela não as alcançava e não queria dar-se por vencida.
A raposa, não alcançando as uvas, vai embora. Que fato posterior a esse comprova
que ela mentia ao dizer que as uvas estavam verdes:
a. O fato de voltar-se rapidamente para trás, pensando que uma uva tivesse
caído.
b. O fato dela olhar disfarçadamente para os lados.
Qual das frases abaixo traduz a idéia principal da fábula de Esopo:
a. Quem não tem, despreza o que deseja.
b. A mentira tem pernas curtas.
c. Quem não tem o que deseja, sente inveja dos outros.
Agora reveja o texto 02:
a) Como Millôr descreve a raposa?
b) Copie a passagem do texto de Millôr que deixa claro que a raposa estava faminta naquele dia, mas era gulosa sempre:
c) Por que, segundo Millôr, o fato da raposa subir na pedra para tentar alcançar as uvas era uma atitude perigosa?
Analise e compare os dois textos:
Até certo ponto da história, as duas fábulas são praticamente iguais. A partir de que
trecho a versão de Millôr fica diferente da de Esopo?
No momento em que a raposa vê as uvas.
Quando ela tenta alcançar os cachos.
No momento em que a raposa sobe em uma pedra para alcançar as uvas.
Qual é o fato da versão de Millor que altera completamente a história?
Pode-se dizer que a moral do texto 01 tem o mesmo significado do texto 02? Explique:
ATIVIDADE 6
Leia o texto a seguir:
Ele foi cavando, cavando, pois sua profissão – coveiro – era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que, sozinho, não conseguiria sair. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som humano, embora o cemitério estivesse cheio dos pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia:
- O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado :
- Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!!!!
- Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado – Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!
E, pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente. Moral: Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela.
1-Assinale as duas frases que demonstram o desespero do coveiro:
( ) “tem toda razão de estar com frio”.
( ) “ enrouqueceu de gritar”.
( ) “ele foi cavando, cavando...”
( ) “cansou de esbravejar...”
2-Escreva as palavras em ordem alfabética para descobrir o significado da cada uma
delas:
Ofício - Horas tardias - esbravejar - condoeu-se - pipilos - apelar - ébria - coaxares
a-......................................................... = chamar, pedir ajuda.
b-......................................................... = vozes dos sapos e rãs.
c-......................................................... = sentiu pena, teve dó.
d-......................................................... =bêbada, embriagada.
e-........................................................ = gritar alto e com fúria.
f- ........................................................ = horas avançadas da noite.
g-........................................................ = função, cargo.
h-....................................................... = pios de aves e insetos
ATIVIDADE 7
Texto: PAI ME COMPRA UM AMIGO?
Bebeto olhou o sinal de tráfego. Cor era coisa que confundia mesmo. Confundia só, não. Via tudo preto, branco e cinza mais forte ou mais fraco. O sol não era amarelo, o céu não era azul, a mata não era verde. Na vida do menino tudo era mais ou menos complicado. Nada se resolvia a favor.
- O menino nasceu de sete meses! –vivia dizendo a mãe.
Bebeto levou tempo para descobrir que as crianças nascem de nove.
Quando quis andar não houve nem rebuliço. Não teve aquele apoio de entusiasmo de
todo mundo, gente torcendo, pai suando comovido, mãe de lágrimas na boca de espera,
avó já aprontando conquista do neto. Não. Quando tentou o primeiro passo, foi só uma
palmada da babá, que estava vendo novela. Andar era coisa errada, pelo visto. Sentiu,
mais do que compreendeu, que pensamento de criança, no começo, é sentimento
purinho. E olhe lá!
Bebeto lembrou do dia em que sonhou ter um cachorro só para ele, isto já com cinco
anos.
E explicava:
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- Eu não tenho irmão. Cachorro serve.
- Cachorro dá hidrofobia – disse a avó.
- Dá o quê?
- Doença!
- Mas a gente cuida dele, ué!
- Apartamento não é lugar pra cachorro – decreta o pai – e sabe quanto um gigante
desses custa só em comida?
- Eu quero um pequenininho.
Bebeto dizia potenininho. Precisava corrigir.
- Pequeno é pior ainda. Fica doente à toa.
- Então eu quero um amigo. Você compra?
O pai, Ronaldo, bom administrador de empresa, mas péssimo psicólogo, explodiu, sem
perceber direito o que o garoto pedia:
- E onde é que a gente vai fabricar um amigo pra você?
Bebeto se sentia rejeitado mesmo. A mãe não tinha tempo para ele. Era artista. Não
artista de televisão. Pintura. Muita gente dizia até que era boa. Pintava umas coisas,
como é mesmo?... ah, sim!...abstratas.
(Pedro Bloch. Pai, me compra uma amigo? Ed. De Ouro, 1977 págs. 7 a 9)
a) Enumere corretamente as palavras aos seus sinônimos:
(1) rejeitado ( ) observador
(2) tráfego ( ) fora da realidade
(3) abstratas ( ) recusado
(4) psicólogo ( ) trânsito
b) Indique a personagem a quem são atribuídas as seguintes falas:
a) - Eu não tenho irmão. (...........................................................)
b) - Cachorro dá hidrofobia. (....................................................)
c) - Apartamento não é lugar para cachorro. (..............................)
d) - Então eu quero um amigo. (....................................................)
c) Responda com atenção:
a) Quais são os personagens do texto? Indique suas características interiores.
b) “O sol não era amarelo, o céu não era azul, a mata não era verde.” Por que o mundo
de Bebeto era sem cor?
c) Quais são os motivos que levam Bebeto a ser tão carente?
d) O que indica o fato de o menino pedir um amigo ao pai?
e) O que Bebeto esperava de sua família?
ATIVIDADE 8
BASTA
Agora Chega!
Chega de obedecer
E de ficar calado
Chega de ter que fazer
tudo o que eu não quero
e acho errado
Agora chega!
Chega de comer pepino
E de engolir ovo quente
Chega de dormir cedo
E acordar mais cedo ainda,
Chega de visitar a avó,
a tia, a prima, o primo, o padrinho...
chega de prestar contas
do banho tomado,
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da roupa escolhida,
do uniforme da escola,
da nota da prova,
de cada segundo,
de cada respiro!
Chega, chega...e chega!
Liberdade ainda que tarde!
Independência ou morte!
Manhêêêêê!
Onde está a minha roupa de goleiro?
Paiêêêêê!
Quero a minha mesada!
(Carlos Queiroz Telles)
Questões sobre o texto:
a) Há um protesto que atravessa todo o texto. Esse protesto se faz por meio de uma
palavra que se repete. Que palavra é essa?
b) Destaque do texto algumas ações que a pessoa não quer mais fazer.
c) E você, o que não agüenta mais fazer em sua casa?
d) A repetição num texto reforça ideias. Que ideia aparece reforçada durante o texto?
e) Esse tipo de comportamento é próprio de gente de qual idade?
f) Quem fala no texto é do sexo masculino ou feminino? Por quê?
g) Você se identifica com o eu lírico que fala no texto? Por quê?
h) O poema pode ser dividido em duas partes. Cada parte tem um sentido. As duas partes se juntam para construir o sentido do texto. Indique onde começa e termina cada parte. Depois explique o sentido de cada parte.
i) A 6ª estrofe é formada por dois gritos de liberdade famosos na história do Brasil. Explique-os.
j) Relacione esses gritos com a principal vontade de quem fala no texto.
k) A mudança do comportamento na final do texto deixa as ideias engraçadas? Explique.
l) Como é o seu comportamento em relação aos pais?
ATIVIDADE 10
Leia com atenção o texto a seguir:
IRACEMA MEDROSA
-Iracema é uma medrosa!...-Iracema é uma medrosa!...
-Iracema é uma medrosa!...
A gente ficava em bando, voando à sua volta e gritando sempre:
- Iracema é uma medrosa!...
Seus olhinhos castanhos se enchiam d'água.
- Não façam assim _ murmurava.
A gente pousava na rama e comentava:
- Ora, Iracema, o que é que tem? Vamos até lá. A gente fica pendurado nos fios elétricos e é uma delícia. Balança-se que não se acaba mais. Pra lá... pra cá...
- Não. Não. Eu não vou. Tenho medo. Vocês nunca deviam ir. Nunca deviam sair da floresta.
- Bobagens! Que é que tem?
-Tem sim. E se vocês encontram um alçapão?_ indagava Iracema nervosa._E se tem uma gaiola?
- Gaiola?_ perguntei espantado. _Que é isso? Mamãe nunca falou pra gente sobre gaiola.
- É porque vocês são crianças.
- Então, Iracema, fale. Conte para a gente o que é gaiola.
Iracema arrepiou-se e sua vozinha saiu trêmula.
- Gaiola é uma coisa horrível. Uma coisa muito feia. Uma floresta de árvores fininhas, amarradas por um cipó chamado arame. Tem uma porta. Botam a gente lá dentro, e pronto. Nunca mais se sai de lá.
- Ah! Isso não existe. Você está imaginando coisas. Vamos balançar nos fios.
Ela torceu nervosamente as pontas das asas.
- Vocês me desculpem, mas eu não vou.
Dizendo isso, levantou voo e fugiu para o coração da mata que nesse momento era quente e acolhedor. A gente ficou caçoando dela aos berros.
- Iracema é uma medrosa!... _Iracema é uma medrosa!...
Como ficou longe aquele vozerio:
- Iracema é uma medrosa.
Agora meus olhos se enchem d'água e eu vejo a gaiola em volta do meu corpo moço.
Iracema tinha razão: A gaiola é uma coisa horrível! Já não tenho vontade de me mover.
Nem sei mesmo se me acostumei em dar pulos de um poleiro para outro. Tudo tão triste.
Triste. Triste.
- Rapaz, que tristeza é essa?_ perguntava da outra gaiola, seu Pedro, um velho tiêsangue.
- Isso passa. No começo é sempre assim. Daqui a pouco você começará a cantar e cantando a vida fica bonita até dentro de uma gaiola.
- Não. Eu nunca cantarei. Eu nunca cantarei.
E me lembrava de Iracema que jamais passaria por tudo que eu já passara. Iracema teria ninhadas e ninhadas de filhotes e continuaria com medo, mas vivendo livre dentro da mata.
José Mauro de Vasconcelos
1-Na frase “_Iracema é uma medrosa!...” as reticências foram usadas para dar a ideia:
( ) de que alguém interrompeu a fala das personagens;
( ) reforçar a ideia dos berros repetidos pelos amigos de Iracema para caçoar dela;
( ) demonstrar que os personagens paravam para ver a reação de Iracema.
2-Na frase:” _Tem sim. E se vocês encontram um alçapão?-indagava Iracema nervosa.
- E se tem uma gaiola?” A parte destacada está entre dois travessões porque:
( )é a fala de Iracema;
( ) é a fala de seu Pedro
( ) é a explicação do narrador.
3-Quem narra essa história é :
( ) Iracema
( ) seu Pedro
( ) um pássaro que convivia com Iracema
4-Iracema tinha medo... :
( ) de ser aprisionada.
( ) de ficar sozinha na floresta.
( ) de ser abandonada pelos seus amigos.
5-“ Iracema tinha razão. A gaiola é uma coisa horrível!” Nesta frase o ponto de
exclamação demonstra o sentimento de:
( )admiração
( )tristeza
( )empolgação
ATIVIDADE 11
Texto: Menor Abandonado
De onde vens, criança?
Que mensagem trazes do futuro?
Por que tão cedo esse batismo impuro que mudou teu nome?
Em que galpão, casebre, invasão, favela, ficou esquecida tua mãe?...
E teu pai, em que selva escura
se perdeu, perdendo o caminho
da barraca humilde?...
Criança periférica rejeitada...
Teu mundo é um submundo.
Mão nenhuma te valeu na derrapada.
Ao acaso das ruas-nosso encontro
És tão pequeno... eu tenho medo.
Medo de você crescer, ser homem.
Medo da espada de teus olhos...
Medo de tua rebeldia antecipada.
Nego a esmola que me pedes.
Culpa-me tua indigência inconsciente.
Revolta-me tua infância desvalida
Quisera escrever versos de fogo
e sou mesquinha.
Pudesse eu te ajudar, criança, estigma de
Defender tua casa, cortar tua raiz
Chegada...
(…)
Cora Carolina
Estudo do texto:
a) Como vivem os menores abandonados?
b) Como é o mundo desses meninos e meninas?
c) Quem pode fazer alguma coisa pelos menores abandonados?
d) “Por que tão cedo esse batismo impuro que mudou teu nome”? Como são conhecidas
as crianças referidas no texto?
e)Onde estaria a mãe dessas crianças?
f) Explique a 2° estrofe da poesia.
g) “Mão nenhuma te valeu na derrapada”. Que derrapada é essa? Explique o verso.
h) O que essas crianças deveriam ter para não se tornarem menores abandonados?
i) Mesmo sendo pequenos, os meninos da rua causam medo aos adultos. Qual o medo
da autora?
ATIVIDADE 12
Leia o texto: Seu Sol, dona Lua
E isto se deu em pleno sol do meio-dia:
__ Ora, ora, que surpresa mais agradável! A senhora por aqui, dona Lua?
__ Pois é, seu Sol, eu...
__ Mas que aparência a sua, dona Lua! Está tão pálida! Já sei, veio tomar um solzinho, né?
__ Quem me dera, seu Sol, quem me dera!
__ Então conte-me o que está acontecendo, Por que essa cara de lua?
__ Ah, seu Sol! Parece até que eu vivo no mundo da lua...
__ Ih! Lá vem a senhora com esse papo lunático!
__ É verdade, seu Sol,. Desde que invadiram a minha privacidade que eu não tenho mais aquele brilho de sempre. E não parou por aí. Sempre está chegando gente nova para perturbar o meu sossego. Já estou cheia! Cheia, seu Sol! Só me falta mesmo virar lua-de-mel!
__ Tem razão, isso é fogo! Graças a Deus eu não tenho essa preocupação. Como já dizia o velho ditado: pode vir quente que estou fervendo!
__ É por isso mesmo que eu estou aqui, seu Sol. Quero propor-lhe um negócio.
__ Negócio?! Com a senhora?
__ Calma, calma, não se esquente! Vou lhe explicar... Puxa, que calor faz aqui,hein?
Bom, eu só quero lhe propor uma troca de turnos.
__ Troca de turnos?
Que papo é esse , dona Lua?
__ Não precisa ficar vermelho, seu Sol! O negócio é simples. Eu fico durante o dia, enquanto o senhor fica durante a noite, entendeu?
__ Humm, sei não... Acho que isso vai dar bode! A senhora não é notívaga?
__ Xi, é mesmo! Esqueci que sofro de insônia! Só consigo dormir durante o dia.
__ E eu não posso dormir de dia, sabe como é, né? O calor...
__ O senhor tem razão. A propósito, que horas são?
__ Meio-dia, pontualmente!
__ Ai, meu São Jorge! Estou atrasada! Já era para eu estar no Japão! Qualquer dia eu apareço para ficar mais tempo.
__ Talvez. Boa noite, seu Sol!
__ Bom dia, dona Lua!
Alexandre Azevedo. O vendedor de queijos e outras crônicas. São Paulo: Atual, 1991.
primeiramente, pode-se propor uma reflexão sobre a mudança de turno. Se realmente
houvesse essa troca, quais seriam as conseqüências?
Atividades:
a) Dramatização feito pelos alunos ( Sol e Lua). Observar a pontuação, entonação na dramatização.
b) Que idéia o texto passa?
c) Pesquisar no dicionário as palavras desconhecidas:
d) O que significa eclipse? Você já presenciou?
e) Em que momento se deu o diálogo entre o Sol e a Lua?
f) Você conhece algum ditado popular? Cite o que está no texto.
g) Você já deve ter ouvido que enquanto aqui no Brasil é dia em outro país é noite. Qual é esse país citado no texto?
h) Tanto o sol quanto a lua utilizam, em suas falas, palavras próprias de seu universo. Releia o texto e indique quais são essas palavras:
SOL:____________________________________________________________________
__________________________________________________________________
LUA:____________________________________________________________________
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